Continuando com nossa programação especial para futuros Au Pairs, a nossa convidada de hoje é Josiane Bravo, mineira, amante de aventuras e natureza, professora de inglês e tradutora freelancer nas horas vagas. Ela comanda o blog “Uma Turista Nas Nuvens” , espaço em que aborda dicas de viagens, intercâmbio e idiomas. |
Josiane possui muita experiência no programa Au Pair, afinal, já foi Au Pair nos Estados Unidos por 2 anos e 1 ano na Holanda. Confira abaixo os detalhes da nossa entrevista com ela e as alegrias e desafios que ela enfrentou como Au Pair.
Por que você decidiu se tornar au pair?
“Havia dedicado anos para estudar o idioma, que é uma das minhas paixões. Mesmo atuando em sala de aula e já com um nível avançando, o ambiente de trabalho (era professora de inglês na escola CNA) só ativou ainda mais a minha vontade de ir morar fora. No entanto, quando comecei a pesquisar os valores dos intercâmbios, nenhum deles se encaixava no meu orçamento, pois não tinha nenhuma disciplina para guardar dinheiro. Foi então que ouvi de uma colega da faculdade sobre o intercâmbio Au Pair. Durante uns 4 anos namorei a ideia, pesquisei e só depois que essa minha amiga foi para os Estados Unidos que decidi que era isso que queria. Vendo fotos no Facebook das viagens dela, assim como o relato da experiência, não tive dúvida, queria ser Au Pair também.”
Josiane em uma de suas viagens pela Europa
Quando questionada sobre o qual foi o seu maior desafio no programa Au Pair, Josiane se abriu:
“O meu primeiro ano de Au Pair nos Estados Unidos foi bem desafiador pois cuidava de duas crianças completamente mimadas. Além disso, tinha câmeras pela casa inteira e não me sentia à vontade mesmo quando não estava trabalhando. A família era um pouco neurótica com segurança e por incrível que pareça, eles olhavam a bendita casa todos os dias. Um dia, a minha host mom me enviou uma mensagem: Josi, estou vendo pela câmera que a Lara está triste, por que? Já deu para perceber que o primeiro ano foi um verdadeiro desafio, só não pedi rematch porque a família mesmo com seus defeitos, eram muito boa comigo e a menina mais nova, que era mimadinha, era como se fosse minha irmã mais nova. Criamos um laço muito forte.”
Mas é claro que os desafios e intempéries do dia a dia também são recheados de doces e marcantes lembranças. Quer saber quais foram as melhores memórias que Josiane guarda no coração do tempo que foi Au Pair? Veja como é inspirador:
“Tudo, deste o momento que fui para o aeroporto em São Paulo e lá encontrei com as demais Au Pairs que iriam embarcar no mesmo voo, até quando cheguei nos EUA para o treinamento, quando vi pela primeira vez a neve. Sim, cheguei lá e estava nevando. São tantas memórias que poderia escrever um livro falando sobre as amizades, viagens, conhecer lugares diferentes, ficar em casa em um dia de nevasca, reunir com as amigas Au Pairs, andar de bike na Holanda, os dates, ir na casa da amiga Au Pair e desfrutar da casa da host Family quando eles estavam viajando (nadar na piscina faz parte da ostentação).”
Josiane com um grupo de Au Pairs nos Estados Unidos
Com certeza você já deve ter ouvido falar que a host Family faz toda a diferença em seu ano como Au Pair. Não podíamos deixar de perguntar sobre como foi o relacionamento com as host families, já que Josiane partilhou dessa experiência com nada menos que 3 famílias bem diferentes. Olha só que interessante:
“Fui Au Pair durante 3 anos, portanto, tive 3 host families. Todas eu tive um ótimo relacionamento. Na primeira família morei com turcos e foi uma adaptação mais diferente já que eles tinham uma neura com a segurança das crianças e da casa. Mas nem por isso tive problemas. Sempre jantava com eles e durante o ano todo me trataram muito bem.
Já no segundo ano de au pair, morei com um casal de gays que me tratava como parte da família. Me chamavam para todos os lugares que iam e quando saiam nos finais de semana para jantar fora ou para ir em algum lugar, faziam questão que eu fosse junto (pagavam tudo para mim). Essa família é aquele tipo de host Family que classifico como perfeita. Se estava triste, preocupavam-se comigo. Se ia viajar, davam um dinheiro extra como agrado. Enfim, não vou prolongar porque já viu que só tenho elogios.
Já a terceira família, que é holandesa (fui au pair na Holanda também), um casal mega fofos que assim como as outras, me tratavam com tanto carinho. Só tenho boas memórias.”
Josiane em uma de suas viagens pelos Estados Unidos
O Au Pair é um dos programas que oferece o maior número de oportunidades para jovens que se preocupam com o crescimento profissional, somados a experiência de vida. Três anos após a experiência em terras americana e holandesa, Josiane Bravo relata a importância do intercâmbio em sua vida pessoal e profissional.
“Muitas aprendizagens, mas só resumindo um pouco. Aprendi a ser mais independente, e a maior aprendizagem foi de administrar o meu dinheiro e saber se planejar. No Brasil pagava tudo com cartão de crédito e no final do mês não sobrava nada, só dívidas. Quando você é Au Pair, tem que ter controle do que ganha para planejar as viagens, além de outros gastos. E como não tem como dividir, é tudo pago à vista. Então aprendi a ser mais organizada com as finanças e planejamento. Pois quem não planeja, não viaja“, conclui a jovem.
Quer saber qual conselho Josiane dá aos aspirantes a Au Pair?
“Vá de mente aberta para o novo, se joga nessa aventura! Se é isso que quer, por que ficar perdendo tempo pensando: ah e se eu não gostar, ah e se a família for ruim? Essas respostas você só vai ter quando estiver vivenciando essa experiência.”
Gostou de conhecer um pouco a história da Josiane Bravo como Au Pair? Não deixe de conferir as redes sociais e o blog dessa aventureira:
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