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13+ MELHORES JOGOS E BRINCADEIRAS INDÍGENAS | 2020

PUBLICADO EM 01/04/2020

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As atividades livres e espontâneas são essenciais para as crianças, pois permitem que o aprendizado ocorra por meio das interações entre elas e com os objetos a sua volta. As brincadeiras e atividades indígenas podem ser utilizadas como importantes ferramentas pedagógicas uma vez que auxiliam no processo de autonomia e identidade infantil.

Existem cerca de 305 povos indígenas no Brasil, sendo que a maioria se concentra na Amazônia. Essas nações e grupos distintos têm histórias, tradições e culturas diversas - além de jogos e brincadeiras. Esportes e jogos tradicionais podem ajudar a fortalecer o senso de cultura e tradição de uma criança indígena, além de aumentar os níveis de alfabetização e atividade física.

As brincadeiras e jogos indígenas promovem muitos benefícios para o desenvolvimento das crianças e, principalmente, deixam sempre vivas as tradições. As brincadeiras e jogos Indígenas nos ajudam a perceber o potencial de nossos corpos associado a nossa mente e espírito. Nest post você encontrará as melhores BRINCADEIRAS E JOGOS INDÍGENAS existentes em nosso país. Confira agora! 

1. VIDA

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Vida é um jogo bem conhecido entre os Tikunas e é muito divertido. A brincadeira acontece em um espaço amplo, como um campo e as crianças dividem-se em duas equipes. Assim como na nossa tradicional “Queimada”, o jogo da vida consiste também tem como objetivo acertar uma criança com a bola da equipe adversária. Se conseguir acertar e a bola cair no chão, a criança queimada sai do jogo, mas se esta conseguir segurar a bola, quem sai é a criança que jogou a bola. Vence a equipe que conseguir manter alguém sem ser queimado até o final.

 

2. PETECA   

Nesta brincadeira indígena os participantes ficam em círculo para jogar em grupo ou um de frente para o outro no caso de apenas dois jogadores. A peteca deve ser lançada de uma criança para a outra batendo no fundo dela com a palma da mão. Não pode deixar a peteca cair senão é eliminado da brincadeira.

Vale destacar aspectos importantes sobre a infância e a educação indígena, uma vez que as crianças indígenas se beneficiam de uma maior autonomia, liberdade e responsabilidades. Elas interagem em diferentes espaços por meio de variadas linguagens e participam das atividades dos grupos familiares em suas comunidades, que enriquece ainda mais o fator cultural e seu conhecimento de mundo.

3. CABO DE GUERRA

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O ‘Cabo de Guerra’ é uma competição indígena, é muito simples, com apenas uma corda reforçada e um punhado de crianças a brincadeira está pronta para começar. As crianças devem ser divididas em 2 grupos com o mesmo número de integrantes, um grupo vai puxar a corda para um lado e o outro grupo vai puxar para o lado oposto. Vence o grupo que puxar mais forte! 

 

4. CORRIDA DO SACI

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Trace uma linha na terra ou quadra para definir o local de largada e outra para o ponto de chegada. A distância vai depender da idade das crianças, quanto mais velhas maior vai ser a distância e vice versa. As crianças deverão correr em um pé só até a linha de chegada, quem conseguir primeiro vence a brincadeira.

 

5. ARRANCA MANDIOCA

A brincadeira ‘Arranca Mandioca’ ainda é mantida em muitas aldeias indígenas e é bem divertida. Uma criança abraça primeiro com força um tronco de árvore, em seguida as outras crianças vão uma a uma se abraçando a essa criança. Outra criança deve ser escolhida com a coletora de mandiocas da vez e deverá puxar a última criança da fila e tentar fazê-la se soltar da fila. Pode-se fazer cócegas para ajudar a soltar as crianças. Cada criança que se solta deve ajudar o coletor da vez a ir arrancando as próximas ‘mandiocas’ uma a uma.

 

6. ARCO E FLECHA

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A brincadeira indígena tradicional ‘arco e flecha’ poderá ser realizada em um ambiente externo ou em uma quadra esportiva. O objetivo do jogo é acertar o alvo em cheio ou em um ponto mais próximo possível. Quem conseguir atingir mais perto vence a brincadeira! Esta brincadeira pode ser adaptada para evitar acidentes, como acertar o alvo com bolinhas ou bexigas.

 

7. ADUGO OU JOGO DA ONÇA

Os jogos indígenas tradicionais concentram-se em atividades corporais, com características lúdicas e sem deixar de lado os mitos e os valores culturais. Eles misturam em si o mundo material e imaterial de cada etnia e requerem um aprendizado específico de habilidades motoras e estratégias. Os jogos ocorrem em períodos e locais determinados e, normalmente, não há limite de idade para os participantes.

Não existem necessariamente ganhadores ou perdedores, uma vez que a participação em si está carregada de significados e promove experiências que são incorporadas pelo grupo e pelo indivíduo.  

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O Jogo da Onça ou Adugo é um jogo de tabuleiro, mas atualmente é possível comprar ou também confeccionar junto com as crianças. Este jogo é muito conhecido na tribo Bororo na região do Pantanal, Mato Grosso. Neste jogo a onça deve tentar capturar pelo menos cinco cães para bloquear o jogo, sendo que o empate é uma vitória para a onça. A onça-pintada move-se primeiro e alterna as voltas daí em diante, tenta capturar os cães pelo salto curto. Confira mais o Jogo da Onça ou Adugo aqui!

 


As experiências infantis são essenciais em seus desenvolvimento integral e Vigotski já destacava sua importância: "As brincadeiras da criança não são simples recordação do que vivemos, mas uma reelaboração criativa de impressões vivenciadas. É uma combinação dessas impressões e, baseada nelas, construção de uma realidade nova que responde às aspirações e aos anseios da criança".

 

8. TOLOI KUNHÜGÜ OU GAVIÃO E PASSARINHOS

Outra brincadeira tradicional indígena é o ‘toloi kunnhugu’, também conhecida como ‘gavião e passarinhos’ e suas origens também são dos índios do Mato Grosso.  Pode ser realizada tanto ao ar livre quanto em quadras esportivas ou salas de aulas grandes. Deve-se desenhar uma árvore bem grande com vários galhos de acordo com o número de crianças presentes, onde uma será o gavião da vez e as outrass os passarinhos que precisam defender seus ninhos.

A brincadeira se inicia assim: um ponto X é escolhido, trata-se do lugar onde todos os passarinhos devem ficar e bater os pés para chamar o gavião. O gavião vão se aproximando aos poucos dos passarinhos e de repente sai correndo para tentar pegá-los. Para escapar do gavião  os passarinhos devem correr até seus ninhos, neste local o gavião não pode pegá-los. Se o gavião pegar algum passarinho, levará para o seu ninho, não podendo mais sair de lá. O vencedor é o último passarinho restante se tornará o próximo gavião da partida.

 

9. CABAS-MAË 

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CABAS-MAË é uma brincadeira típica dos indígenas Tikunas, que vivem ao longo do Rio Solimões no Amazonas. Para iniciar esta brincadeira é preciso dividir as crianças em duas equipes: a primeira será a que cuida do trabalho na roça, e a outra representa os marimbondos (cabas). Os marimbondos sentam-se em círculo de forma que cada um segure a mão do amigo ao lado, formando o ninho dos marimbondos ou das cabas, cantando e balançando as mãos para cima e para baixo. Enquanto isso, as crianças que representam os roçadores que cuidam de suas plantações, devem imitar os movimentos com seus braços até chegarem perto do ninho de marimbondos. Quando um roçador esbarrar no ninho, os marimbondos correm tentando picar (pegar) os roçadores, que correm tentando fugir. O primeiro que for picado pelas cabas sai da brincadeira.

 

10. PIRARUCU

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Na brincadeira Pirarucu, as crianças formam uma roda de mãos dadas, simbolizando o lago, e uma delas fica no centro, representando o pirarucu. A criança que fica no centro escolhe alguém da roda e pergunta: "Qual é essa madeira?". A criança pode escolher qualquer nome de madeira de sua região. Então, o pirarucu se apoia e senta nos braços de dois amigos, que o lançam para o ar e deve fazer isso até ser lançado por todos da roda. Terminada esta etapa da brincadeira, o pirarucu corre e tenta sair do lago. As crianças que representam o lago tentam impedir sua saída com os braços, que representam madeiras resistentes. Aquele que não conseguir impedir a fuga vai para o meio da roda e será o próximo pirarucu.

 

11. HEINÉ KUPUTISÜ

A brincadeira indígena ‘Heiné Kuputisu’ é muito tradicional, as crianças devem apostar uma corrida em um pé só. É semelhante a brincadeira do saci que vimos anteriormente. Lembrando que não vale trocar de perna e quem conseguir percorrer a maior distância é o grande vencedor.

 

12. BRIGA DE GALO

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Mais uma brincadeira indígena típica é a ‘briga de galo’, onde as crianças (2 por vez) da vez devem ficar em uma perna só, paradas e com os braços cruzados. As crianças precisam fazer a outra colocar o outro pé no chão através do empurra empurra dos ombros apenas. Quem perder o equilíbrio e colocar o outro pé no chão perde a brincadeira.

 

13. FUBECA OU BOLINHA DE GUDE

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Esta brincadeira indígena é muito comum até hoje nas aldeias existentes em nosso país. Em um chão de terra, as crianças precisam cavar 4 buraquinhos formando um quadrado de tamanho médio e mais um buraquinho dentro deste quadrado. O objetivo do jogo é que cada participante com sua bolinha de gude passe tente acertar todos os buraquinhos, um a um até o quinto buraquinho (meio do quadrado). Encaixa-se a bolinha de gude dentro de uma das mãos e tenta-se dispará-la com o polegar. Quando a criança erra o buraquinho passa a vez para o próximo, e quantas vezes acertar vai jogando até acertar o último buraco e vence a partida.

Aqui está uma coleção e uma breve descrição de muitos jogos e brincadeiras indígenas. Como você pode observar várias habilidades infantis são desenvolvidas: agilidade, força, equilíbrio, reflexos, coordenação olho-mão, precisão, estratégia, intuição, paciência. Essas são habilidades que os caçadores e pescadores indígenas confiaram para alimentar suas comunidades. O mais incrível é que essas habilidades foram aprendidas desde a tenra idade através de jogos e mantidas durante a vida adulta através de brincadeiras.

Se você gostou dessas brincadeiras, não deixe de conferir também as brincadeiras antigas que fizeram parte da infância de muitos adultos e idosos.

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